Educação contesta números do Ministério Público com relação a déficit de vagas nas creches


Nos últimos três anos em Foz do Iguaçu, nasceram cerca de 15  mil crianças. Já segundo um levantamento do Ministério Público do Paraná, o déficit de vagas para crianças de zero a três anos, na rede pública de educação, para essa faixa etária, é de 18 mil vagas.

A incongruência destes dados já demonstra o quanto o levantamento do MP está equivocado. “Entendemos que a preocupação do MP é importante, mas contestamos veementemente os dados apresentados”, afirmou a secretária de Educação Joane Vilela Pinto.

A Secretaria vai encaminhar ofício ao Ministério Público, com os números reais e solicitar a retratação do órgão, tanto no site da entidade, quanto de todas as outras formas que foram utilizadas na divulgação dos dados.

Equívoco - No entender da secretária, o levantamento utilizou uma base desatualizada – a projeção de população do IBGE – e um parâmetro errado. Segundo as projeções do IBGE, a cidade deveria ter em 2011, cerca de 311 mil habitantes, mas o Censo apontou pouco mais de 256 mil moradores.

Para chegar ao número de crianças que utilizam a rede pública, deve-se considerar não a totalidade da população em determinada faixa etária, mas a demanda manifesta. “Nem toda criança de zero a três anos vai pra creche pública. Muitos pais preferem deixar em casa, ou matricular num estabelecimento particular”, explicou a secretária, e continuou, “demanda manifesta é aquela em que a família efetivamente procurou o serviço, demonstrou interesse em matricular  a criança”.

Atualmente a rede municipal atende 19.682 crianças de cinco a dez anos, nas 52 escolas municipais. Já os 31 centros de educação infantil recebem cerca de seis mil alunos de zero a quatro anos diariamente. Atualmente o déficit de vagas nas creches é de 2.500 crianças, de zero a três anos.

Para zerar essa deficiência, o município está construindo três novas unidades e outras quatro já foram autorizadas pelo Ministério da Educação. “Com a entrada em funcionamento dessas novas creches, passamos a oferecer outras 2.100 vagas, praticamente zerando a demanda”, afirmou Joane. A conclusão das obras das sete unidades está  prevista para o ano que vem.

Fotos: Antonio Lopes/AMN