Comerciantes reclamam da diminuição de compristas em Cidade do Leste

 Desde o início da Operação Ágata II, que trouxe aproximadamente 2 mil militares e policiais brasileiros para a fronteira com o Paraguai, o movimento de compradores no comércio de Cidade do Leste, vizinha à Foz do Iguaçu, diminuiu bruscamente. Dois motivos podem ser associados para explicar as lojas e ruas vazias, a ação policial que tenta conter o contrabando e descaminho e a alta do dólar nas últimas semanas.

Segundo Juan Armando Santamaria, presidente da Federação da Câmara de Comércios (Fedecamaras), de Cidade do Leste, o movimento de veículos e pessoas na região das três fronteiras diminuiu em 50%, refletindo na mesma quantidade nas lojas paraguaias. Santamaría atribui a baixa nas vendas devido a Operação Ágata, que montou uma operação de guerra assustando os compristas, que voltaram aos comércios de São Paulo e do Rio de Janeiro.

 Já o presidente do Centro de Importados do Alto Paraná, Paraguai, Sharif Hammud, não acredita que a operação seja o motivo na queda das vendas, mas sim, o câmbio desfavorável do dólar que vem sendo cotado entre R$ 1,79 e R$ 1,90, na última semana. "A maior parte do contrabando não passa por aqui", disse Hammud, que há 40 anos atua como empresário em Cidade do Leste como diretor-proprietário da loja Monalisa.


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